Na cidade de Casena, viviam dois amigos muito viciados. Um deles,
Bartolomeu, apesar da má vida, tinha por costume recitar todos os dias
o Stabat Mater. Recitando-o, certa vez, pareceu-lhe que, com um
seu amigo, se achava dentro de uma enorme fogueira. Viu então como a
Santíssima Virgem lhe estendeu a mão, a Ele, Bartomeu, para o tirar do
meio das chamas e dEla recebeu o conselho de pedir perdão a Nosso
Senhor. E Jesus mostrou-Se pronto a perdoar por causa da intercessão de
Sua Mãe Santíssima. Mal terminara essa visão, quando vieram contar a
Bartomeu que seu amigo tinha sido mortos a tiros. Viu assim o pecador
que não fora puro sonho o que a imaginação lhe mostrara. Deixou por isso
o mundo, e entrou para a Ordem dos Capuchinhos. No convento, levou uma
vida austera e penitente, morrendo, por fim, em fama de santidade. (Glórias de Maria - Santo Afonso de Ligório)
Stabat Mater
Stabat mater dolorosa
juxta Crucem lacrimosa,
dum pendebat Filius.
Cuius animam gementem,
contristatam et dolentem
pertransivit gladius.
O quam tristis et afflicta
fuit illa benedicta,
mater Unigeniti!
Quae moerebat et dolebat,
pia Mater, dum videbat
nati poenas inclyti.
Quis est homo qui non fleret,
matrem Christi si videret
in tanto supplicio?
Quis non posset contristari
Christi Matrem contemplari
dolentem cum Filio?
Pro peccatis suae gentis
vidit Iesum in tormentis,
et flagellis subditum.
Vidit suum dulcem Natum
moriendo desolatum,
dum emisit spiritum.
Eia, Mater, fons amoris
me sentire vim doloris
fac, ut tecum lugeam.
Fac, ut ardeat cor meum
in amando Christum Deum
ut sibi complaceam.
Sancta Mater, istud agas,
crucifixi fige plagas
cordi meo valide.
Tui Nati vulnerati,
tam dignati pro me pati,
poenas mecum divide.
Fac me tecum pie flere,
crucifixo condolere,
donec ego vixero.
Juxta Crucem tecum stare,
et me tibi sociare
in planctu desidero.
Virgo virginum praeclara,
mihi iam non sis amara,
fac me tecum plangere.
Fac, ut portem Christi mortem,
passionis fac consortem,
et plagas recolere.
Fac me plagis vulnerari,
fac me Cruce inebriari,
et cruore Filii.
Flammis ne urar succensus,
per te, Virgo, sim defensus
in die iudicii.
Christe, cum sit hinc exire,
da per Matrem me venire
ad palmam victoriae.
Quando corpus morietur,
fac, ut animae donetur
paradisi gloria. Amen.
juxta Crucem lacrimosa,
dum pendebat Filius.
Cuius animam gementem,
contristatam et dolentem
pertransivit gladius.
O quam tristis et afflicta
fuit illa benedicta,
mater Unigeniti!
Quae moerebat et dolebat,
pia Mater, dum videbat
nati poenas inclyti.
Quis est homo qui non fleret,
matrem Christi si videret
in tanto supplicio?
Quis non posset contristari
Christi Matrem contemplari
dolentem cum Filio?
Pro peccatis suae gentis
vidit Iesum in tormentis,
et flagellis subditum.
Vidit suum dulcem Natum
moriendo desolatum,
dum emisit spiritum.
Eia, Mater, fons amoris
me sentire vim doloris
fac, ut tecum lugeam.
Fac, ut ardeat cor meum
in amando Christum Deum
ut sibi complaceam.
Sancta Mater, istud agas,
crucifixi fige plagas
cordi meo valide.
Tui Nati vulnerati,
tam dignati pro me pati,
poenas mecum divide.
Fac me tecum pie flere,
crucifixo condolere,
donec ego vixero.
Juxta Crucem tecum stare,
et me tibi sociare
in planctu desidero.
Virgo virginum praeclara,
mihi iam non sis amara,
fac me tecum plangere.
Fac, ut portem Christi mortem,
passionis fac consortem,
et plagas recolere.
Fac me plagis vulnerari,
fac me Cruce inebriari,
et cruore Filii.
Flammis ne urar succensus,
per te, Virgo, sim defensus
in die iudicii.
Christe, cum sit hinc exire,
da per Matrem me venire
ad palmam victoriae.
Quando corpus morietur,
fac, ut animae donetur
paradisi gloria. Amen.
De pé, a mãe dolorosa
junto da cruz, lacrimosa,
via o filho que pendia.
Na sua alma agoniada
enterrou-se a dura espada
de uma antiga profecia
Oh! Quão triste e quão aflita
entre todas, Mãe bendita,
que só tinha aquele Filho.
Quanta angústia não sentia,
Mãe piedosa quando via
as penas do Filho seu!
Quem não chora vendo isso:
contemplando a Mãe de Cristo
num suplício tão enorme?
Quem haverá que resista
se a Mãe assim se contrista
padecendo com seu Filho?
Por culpa de sua gente
Vira Jesus inocente
Ao flagelo submetido:
Vê agora o seu amado
pelo Pai abandonado,
entregando seu espírito.
Faze, ó Mãe, fonte de amor
que eu sinta o espinho da dor
para contigo chorar:
Faze arder meu coração
do Cristo Deus na paixão
para que o possa agradar.
Ó Santa Mãe dá-me isto,
trazer as chagas de Cristo
gravadas no coração:
Do teu filho que por mim
entrega-se a morte assim,
divide as penas comigo.
Oh! Dá-me enquanto viver
com Cristo compadecer
chorando sempre contigo.
Junto à cruz eu quero estar
quero o meu pranto juntar
Às lágrimas que derramas.
Virgem, que às virgens aclara,
não sejas comigo avara
dá-me contigo chorar.
Traga em mim do Cristo a morte,
da Paixão seja consorte,
suas chagas celebrando.
Por elas seja eu rasgado,
pela cruz inebriado,
pelo sangue de teu Filho!
No Julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem por ti é defendido.
Quando do mundo eu partir
dai-me ó Cristo conseguir,
por vossa Mãe a vitória.
Quando meu corpo morrer
possa a alma merecer
do Reino Celeste, a glória. Amém.
junto da cruz, lacrimosa,
via o filho que pendia.
Na sua alma agoniada
enterrou-se a dura espada
de uma antiga profecia
Oh! Quão triste e quão aflita
entre todas, Mãe bendita,
que só tinha aquele Filho.
Quanta angústia não sentia,
Mãe piedosa quando via
as penas do Filho seu!
Quem não chora vendo isso:
contemplando a Mãe de Cristo
num suplício tão enorme?
Quem haverá que resista
se a Mãe assim se contrista
padecendo com seu Filho?
Por culpa de sua gente
Vira Jesus inocente
Ao flagelo submetido:
Vê agora o seu amado
pelo Pai abandonado,
entregando seu espírito.
Faze, ó Mãe, fonte de amor
que eu sinta o espinho da dor
para contigo chorar:
Faze arder meu coração
do Cristo Deus na paixão
para que o possa agradar.
Ó Santa Mãe dá-me isto,
trazer as chagas de Cristo
gravadas no coração:
Do teu filho que por mim
entrega-se a morte assim,
divide as penas comigo.
Oh! Dá-me enquanto viver
com Cristo compadecer
chorando sempre contigo.
Junto à cruz eu quero estar
quero o meu pranto juntar
Às lágrimas que derramas.
Virgem, que às virgens aclara,
não sejas comigo avara
dá-me contigo chorar.
Traga em mim do Cristo a morte,
da Paixão seja consorte,
suas chagas celebrando.
Por elas seja eu rasgado,
pela cruz inebriado,
pelo sangue de teu Filho!
No Julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem por ti é defendido.
Quando do mundo eu partir
dai-me ó Cristo conseguir,
por vossa Mãe a vitória.
Quando meu corpo morrer
possa a alma merecer
do Reino Celeste, a glória. Amém.
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